O crédito consignado é, por definição, uma das modalidades mais seguras do mercado. No entanto, quando utilizado de forma excessiva ou sem orientação, pode levar ao superendividamento, especialmente entre aposentados e pensionistas. Para o agente de crédito, atuar com consciência e educação é parte fundamental do atendimento ético e sustentável. Neste artigo, explicamos os riscos do superendividamento no consignado, seus impactos e como preveni-lo com atitudes práticas no dia a dia.

O que caracteriza o superendividamento no consignado?
O superendividamento acontece quando o cliente compromete grande parte de sua renda com dívidas e não consegue mais arcar com seus gastos essenciais. No consignado, o limite legal é de até 35% da margem consignável, sendo 30% para empréstimos e 5% para cartão. Porém, usar toda essa margem de forma contínua e sem planejamento pode gerar desequilíbrio financeiro a longo prazo.
Sinais de alerta para o agente:
- Cliente sempre solicita “a maior parcela possível”
- Histórico de refinanciamentos e portabilidades frequentes
- Dificuldade em entender o impacto do crédito na renda
- Solicitações de crédito para terceiros ou dívidas de familiares
Consequências do superendividamento para o cliente e para o agente
Quando o cliente ultrapassa seu limite financeiro, vários problemas podem surgir:
- Redução da qualidade de vida e da capacidade de pagar contas básicas
- Comprometimento da saúde mental e emocional
- Insatisfação com o crédito contratado
- Cancelamentos e inadimplência (inclusive indireta, como atraso em parcelas do cartão)
Para o agente, isso se traduz em:
- Reputação prejudicada
- Perda de clientes por desconfiança
- Dificuldade de renovação de contratos
- Risco de denúncias por má conduta
Como o agente pode prevenir o superendividamento no consignado
-
Faça uma simulação clara e detalhada
- Mostre o valor total que será pago no contrato
- Destaque o CET (Custo Efetivo Total) com clareza
- Informe o valor líquido que o cliente vai receber e o que ficará comprometido por mês
-
Avalie o histórico e o comportamento do cliente
- Pergunte: “O valor será usado para quê?”
- Verifique se o cliente já possui contratos ativos ou margem muito comprometida
- Oriente sobre os impactos de somar empréstimo + cartão + refinanciamento
-
Explique alternativas ao invés de incentivar contratação a qualquer custo
- Portabilidade com taxa menor pode aliviar a parcela sem aumentar a dívida
- Refinanciamento pode ser útil, mas só se reduzir o custo ou melhorar o fluxo
- Esperar pela quitação parcial pode ser mais vantajoso do que renovar agora
-
Pratique a escuta ativa e oriente com empatia
- Não interrompa o cliente, entenda sua real necessidade
- Reforce que o crédito não é uma “renda extra”, mas uma responsabilidade
- Seja consultivo, não vendedor: isso constrói confiança e fidelização
Educação financeira como diferencial no atendimento
Oferecer conteúdo educativo, explicações simples e comparativos é uma das maneiras mais eficazes de ajudar o cliente a tomar decisões conscientes. Isso pode ser feito por:
- Vídeos curtos explicando como funciona o crédito e a margem
- Materiais com exemplos práticos de planejamento financeiro
- Simulações comparativas (antes e depois de portabilidade, por exemplo)
- Checklists: “Está na hora certa de contratar ou renovar?”
Essas ações aumentam o valor percebido do seu atendimento e reduzem drasticamente cancelamentos futuros.

Conclusão
Evitar o superendividamento no consignado não é apenas uma questão ética, é uma estratégia inteligente para manter sua base de clientes saudável, satisfeita e fiel. Um agente bem preparado, que educa e orienta com responsabilidade, se destaca no mercado e constrói uma carreira sólida e respeitada.
Quer aprender como oferecer crédito com responsabilidade e evitar o superendividamento dos seus clientes?
Fale agora com os especialistas da Port e tenha suporte completo para um atendimento consultivo e ético.