A alta da Selic interfere no mercado de crédito: o que você precisa saber

Com o recente aumento da taxa Selic para 12,25% a.a., muitos se perguntam como essa mudança impacta o mercado de crédito no Brasil. Esse ajuste reflete um cenário econômico desafiador, tanto no âmbito nacional quanto internacional, e traz implicações significativas para instituições financeiras, agentes de crédito e consumidores. A palavra-chave para entender esse movimento é “cautela”. Vamos explorar o contexto atual e como a elevação da Selic influencia o crédito no país.

alta da selic

O que é a taxa Selic?

Se você trabalha no setor de crédito, provavelmente já deve ter ouvido falar em taxa Selic, cero? Mas caso ainda não entenda bem como ela funciona, aqui vai uma explicação simples. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, ou seja, ela define o “preço do dinheiro”. Essa taxa influencia os juros que os bancos pagam para captar recursos e, consequentemente, os que eles cobram ao conceder empréstimos e financiamentos.

O Banco Central, através do Comitê de Política Monetária (Copom), ajusta a Selic com dois objetivos principais: controlar a inflação e estimular ou desacelerar a economia, dependendo da situação. Quando a inflação está alta, a Selic sobe para conter o consumo e equilibrar os preços. Por outro lado, em momentos de crise ou recessão, a Selic tende a cair, facilitando o crédito e incentivando o crescimento econômico.

O cenário econômico global e seu reflexo no Brasil

O mercado de crédito no Brasil não opera isoladamente. Ele também sofre os impactos das condições econômicas globais. Atualmente, a inflação elevada é um problema em diversos países, e os bancos centrais ao redor do mundo estão aumentando suas taxas de juros para tentar conter esse fenômeno.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) tem mantido uma política de juros altos, o que atrai investimentos para o mercado americano e aumenta a pressão sobre moedas como o real. Essa dinâmica global encarece o custo de captação de recursos por aqui, o que acaba impactando ainda mais os juros cobrados dentro do Brasil.

Para o mercado de crédito nacional, isso significa uma pressão adicional. Além dos desafios internos causados pela alta da Selic, as instituições financeiras precisam lidar com um cenário global menos favorável, o que limita ainda mais as opções de crédito acessível para os consumidores.

Como a alta da Selic afeta o mercado de crédito?

Quando a Selic sobe, o impacto é sentido por todos. Para os bancos e instituições financeiras, os custos de captar recursos aumentam, o que os obriga a repassar essa alta para os consumidores. O resultado? Financiamentos, empréstimos e outras formas de crédito se tornam mais caros.

Esse encarecimento do crédito afeta diretamente o comportamento do consumidor. Muitas pessoas desistem de buscar empréstimos ou simplesmente não conseguem arcar com os custos. Para agentes de crédito e bancários autônomos, isso representa um grande desafio: menor demanda e margens de lucro reduzidas dificultam o fechamento de novos negócios.

O teto do consignado e a paralisação de operações

Um exemplo claro desse impacto está no crédito consignado, que sempre foi uma das opções mais acessíveis por oferecer taxas de juros menores. No entanto, com a alta da Selic e o teto de juros do consignado fixado em 1,66% ao mês tornou-se um obstáculo para muitas instituições financeiras.

Para bancos e financeiras, operar com esse teto é inviável devido ao aumento dos custos. Isso tem levado muitas empresas, como Itaú e Banco Pan, a suspenderem suas operações nessa modalidade, prejudicando diretamente os consumidores que dependem desse tipo de crédito. Além disso, os agentes de crédito enfrentam um portfólio mais restrito, com menos alternativas para atender às necessidades de seus clientes.

Impactos para agentes de crédito e instituições financeiras

Os agentes de crédito estão na linha de frente desse cenário desafiador. Eles precisam lidar com clientes mais cautelosos, que estão adiando a contratação de crédito, e com produtos financeiros que se tornaram menos competitivos devido às altas taxas. Esse ambiente exige que os profissionais sejam ainda mais criativos e estratégicos.

Para as instituições financeiras, a alta da Selic aumenta os custos operacionais e reduz a atratividade de várias modalidades de crédito. A consequência disso é uma maior seletividade nos critérios de concessão, o que acaba afastando muitos consumidores.

Perspectivas para o mercado de crédito

Apesar do cenário desafiador, o mercado financeiro brasileiro tem histórico de resiliência. Em momentos como esse, a diversificação de portfólios se torna essencial. Produtos voltados para públicos de menor risco, combinados com soluções mais inovadoras, podem ajudar a mitigar os efeitos da Selic alta.

Além disso, a tecnologia é uma grande aliada. Fintechs como a Port, têm mostrado que é possível oferecer serviços mais ágeis e transparentes, conectando agentes de crédito e instituições financeiras de forma eficiente. Em tempos de juros elevados, a inovação é a chave para criar novas oportunidades.

A alta da Selic para 12,25% a.a., somada a um cenário econômico global desafiador, traz reflexos importantes para o mercado de crédito no Brasil. Consumidores, agentes de crédito e instituições financeiras precisam se adaptar para enfrentar os impactos desse contexto.

Se você é um agente de crédito ou bancário autônomo, saiba que não precisa passar por isso sozinho. Na Port, ajudamos você a diversificar seu portfólio e a encontrar soluções sob medida para seus clientes, mesmo nos momentos mais adversos. Estamos prontos para transformar desafios em novas oportunidades!

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